quarta-feira, 22 de abril de 2009

Fim de semana de 17 a 19 de abril de 2009

Quantos espíritos! Jacira, linda!

Jacira, Carmem, Jan e Athamis


Todos os parentes no mesmo barco. Linda Tupi Guarani!


Jacira filha, Jacira mãe, Jacira avó e muito mais.



O nascimento do tambor




O corte do cordão umbilical pelo Ernani




Finalmente Rosângela pode trazer a força de todos seus ancestrais!







Defensores de tradição






Honrando sua tradição Fulni-ô com o canto







Mãe e filha - lindíssimas!






A força Fulni-ô

com Andreane



Com Athamis e Jan



Trazendo a força pra fogueira




Rosângela aguarda para o nascimento de seu tambor



As irmãs Terezinha e Rosália


Thanya e Martha




Monique, Vera, Martha e Rosângela (estrela da noite).



É um dia muito especial ter seu tambor nascido



Celia e Martha




Rafaela e Celia



Amelia e Luiza



Carmem


Thanya Althea



Luiza resolveu escrever 7 páginas da sua viagem xamânica.



Grupo que veio aprender a fazer viagens xamânicas.






Monique- Mulher Ursa Branca do Clã do Búfalo Branco, Elione- Nuvem Dourada do Clã do Alce Americano, Sueli- Mulher Guia das Estrelas do Clã do Esturjão. A força é bem vinda!






Nuvem Dourada com suas madrinhas.






Altar de Nuvem Dourada.

















quarta-feira, 15 de abril de 2009

Nativa ou não?


Queridos irmãos do Caminho.

Hoje assisti ao filme "Enterrem meu coração na curva do rio" ou Bury my heart at in Wounded Knee. Wounded Knee foi um ataque histórico, não muito mais que 100 anos atrás aos índios Sioux. Filme muito interessante, instigante. Quando terminei de vê-lo me deu vontade de escrever alguma coisa.

Compartilho isso com vocês


Um dia uma criança me perguntou:

-Você é mesmo índia?

A dúvida era porque eu estava usando roupa.

-Índio não usa roupa, prosseguiu um coleguinha de minha filha na escola.

Eu às vezes me olho no espelho, mesmo estando sem roupa não sei afirmar se sou ou não uma índia. Talvez isso não seja uma prioridade para mim. Mas quando eu sonho, quando faço minhas viagens xamânicas, quando faço circular a minha pena, quando peço permissão para entrar no rio, no mar ou na floresta para os espíritos do lugar, sim, eu me sinto nativa, parte de uma nação que foi nomeada indígena.

Seria isso a garantia de ser nativa?

Ou seria a minha ancestralidade o meu certificado nativo? Bastaria a cor da minha pele? As feições do meu rosto? Os meus cabelos negros?Um dia alguém me disse que uma anciã de uma tribo havia lhe dito que a alma não tem cor. Então eu poderia ser branca por fora e ter uma alma indígena. E ainda, um indígenater uma "pele vermelha" e mesmo assim possuir a alma de um colonizador.Mas se alguma vez eu me questiono quanto a isso eu retorno ao que meu mestre interior me aconselha: viva. Viva sua natividade e serás reconhecida. Desta forma, sim, sou indígena, se assim me reconhecerem como tal. Ou ainda, não sou, uma vez que sua alma assim não me reconheceu. Nativa ou não, sei que sou Mulher Beija-flor, um legado herdado pela espiritualidade de Mulher Luz do Luar. Ela assim recebeu meu nome do Grande Espírito e é assim que eu me aceito. Se beija-flor é indígena ou não, isso eu deixo pro conselho dos animais decidirem. Mas acho que eles não perdem tempo com isso.

A dúvida é um legado humano. Por isso, quanto mais apelar pela força animal dentro de nós mesmo, menos dúvida, mais certeza de quem verdadeiramente somos: humanos-animais ou animais-humanos de todas as cores. E não adianta cuitivar o ódio. O ódio só nos aprisiona ao passado.

Opto por ser livre.

Eu sou Mulher Beija-flor do Clã do Pássaro Trovão e falei.