quarta-feira, 19 de agosto de 2009

PROGRAMAÇÃO

AGOSTO e SETEMBRO

28/08 (sexta) – 18:30 as 22 h - Roda de Cura 2007- grupo já formado29/08 (sábado) – 9 as 12 h - Roda de Cura 2008- grupo já formado
29/08 (sábado) – 14 as 18 – Totens e Chacras - grupo já formado
Obs: excepcionalmente juntaremos os grupos de sábado e domingo

29/08 (sábado) – 19 as 21- Fogo Sagrado - Cerimônia de Nascimento de tambores segundo a tradição Ojibway (Canadá)
Cerimônia aberta ao público. Tragam seus tambores (os que não têm também são bem vindos) e um lanchinho. Será uma linda festa. Rua Mario Portela, 49- Laranjeiras- evento gratuito

Entre 30 de agosto e 7 de setembro - Semana Xamânica
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SETEMBRO
11/09 (sexta) – 18min30h as 22 h - Roda de Cura 2007 grupo já formado

12/09 (sábado) – 9h as 12 hs - Roda de Cura 2008- grupo já formado

12/09 (sábado) – 14h as 18 – Totens e Chacras – grupo já formado

13/09 (domingo) – 14h as 18h Totens e Chacras - grupo já formado

25,26 e 27/09 (sex/sab/dom) - Ritual da Menarca e encontro somente para mulheres –
Tema de 2009: A Menina Ferida – flyer em confecção (trabalho em local paradisíaco (Sitio São José- Cachoeira de Macacu- RJ)





RITUAL DE PASSAGEM DA MENARCA

NESTE ANO COM O TEMA PARA ADULTAS: MENINA FERIDA
COMO IDENTIFICÁ-LA, COMO RESGATÁ-LA E COMO ACOLHÊ-LA

dias 25, 26 e 27 de setembro de 2009

Com Athamis Bárbara - Mulher Beija-flor

Mais e mais pessoas se interessam em marcar as passagens de sua vida com um rito de passagem ou celebração, assim como faziam nossos ancestrais.
O dia-a-dia das cidades grandes nos obrigaram a deixar de lado momentos tão importantes no desenvolvimento de nosso ser emocional e espiritual.
No segundo ano deste trabalho, Athamis Bárbara dedicará este encontro aos trabalhos com as adultas sobre nossa MENINA FERIDA.
Será um fim de semana onde trabalharemos o encontro com nossa menina ferida: como identificá-la, como resgatá-la desta dor e como acolhê-la numa nova fase que se iniciará.
Como apoio, teremos nossos aliados de poder e mestres interiores, o fogo sagrado, banhos de ervas para purificação e a experiência de vida das participantes.
Muitos trabalhos serão na Tenda da Lua, estrutura de madeira e palha
construída em 2008 pelas mulheres.
Tudo isso num lugar mágico, cercado de verde e abençoado pelas montanhas de Teresópolis e Friburgo, onde as acomodações são em ocas indígenas.

Saída de van na sexta-feira dia 25 de setembro: 18 horas
(Largo do Machado, em frente à igreja)
Retorno às 17 horas do domingo para o Largo do Machado


Programação

Sexta à noite: Acender o fogo sagrado e apresentação das participantes.

Sábado
Manhã: saudação ao sol e jornada xamãnica
Tarde: construção da boneca de palha de milho e partilha
Noite: fogueira de entrega e cachimbo sagrado


Domingo
Manhã: banho de ervas e renascimento nas águas do açude.
Encerramento com coroação das meninas-moças.

Vagas Limitadas

Valores (*): R$ 330,00 à vista até dia 20 de setembro
R$ 340,00 em 2x
R$ 350,00 em 3x
(*) Nestes valores estão incluídos os trabalhos, a acomodação, alimentação e transporte.

Maiores informações: Athamis ((21) 25561380/ (21) 92478261
barbaratha@hotmail.com ou pelo blog www.athamis.blogspot.com
Célia June:
cjune@terra.com.br / (21) 91961798

Claudia Arcadier:
clauarcadier@gmail.com / (21)96267609
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OUTUBRO
4/10 sábado – Trabalho com outras terapeutas -
- Athamis Barbara, Xamã Brasileira
- Daniella Miranda – Prof. de Yoga, estuda e pratica o Caminho do Sagrado Feminino
-Jussara Leitão - Gestalt-terapeuta, Psicopedagoga e Terapeuta Floral
Investimento:R$150,00.(Estudamos formas de parcelamento)
Informações e inscrições: Daniella Miranda cel.8203-8900 – 2427/0701
E-mail : daniellamiranda13@yahoo.com.br
Venha com roupa confortável para as vivências e traga uma saia longa ou canga . Opcional :Roupa de banho ( biquini ou maiô) e toalha para após encerramento tomar banho energértico em piscina de águas naturais.
Local: Rua Comendador Gervásio Seabra,140 – Alto da Boa Vista – Estaremos montando esquema de carrona solidária, partindo do Posto Shell São Conrado ao lado do Supermecado Zona Sul


16/10 (sex) – 18min30h as 22 h - Roda de Cura 2007
17/10 (sáb) – 9 as 12 h - Roda de Cura 2008
17/10 (sábado) – 14 as 18 - Totens e Chacras – grupo já formado

17/10 as 19 h– Cantos e Danças Circulares em torno do Fogo Sagrado –contribuição 10,00

18/09 (domingo) – 14 as 18h - Totens e Chacras - grupo já formado
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NOVEMBRO

13/11 (sex) – 18min30h as 22 h - Roda de Cura 2007 (conduzido por Roda de Cura 2006)14/11 (sab)– 9 as 12 h - Roda de Cura 2008 (conduzido por Roda de Cura 2006)
14/11(sab)- 14 as 18 - Totens e Chacras – grupo já formado (conduzido por Roda de Cura 2006)

15/11 (dom) – 14 as 18h - Totens e Chacras - grupo já formado (conduzido por Roda de Cura 2006)

28 /11 (Sab) - Cantos e Danças Circulares em torno do Fogo Sagrado –contribuição 10,00
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DEZEMBRO

4/12 (sex) – 18min30 as 22 h - Roda de Cura 2007
5/12 (sab) - 9 às 12 hs - Roda de Cura 2008
5/12 (sab) – 14h as 18h – Totens e Chacras (grupo já formado)
5/12 as 19h - Cantos e Danças Circulares em torno do Fogo Sagrado –contribuição 10,00
6/12 – 14h as 18h – Totens e Chacras(grupo já formado)

Local das Rodas de Cura, Totens e Chacras e Fogueiras: Espaço Saúde, Mário Portela, 49 –Laranjeiras
Os eventos de danças e cantos no fogo sagrado acontecerão mesmo que chova

sábado, 20 de junho de 2009

As Provações e os Cuidados


Por que as provações? Não importa o caminho que seguimos (muitos acreditam que somos nós que escolhemos o Caminho, mas é ele que nos escolhe) sempre teremos provações, pois elas não vêm com o caminho e sim com a vida. A vida é a arte de aprender a superar as dificuldades e abraçar a ajuda visível e invisível.

Quando eu estive em Manaus, quando tive que deixar o Encontro Internacional antes de seu término, quando vi minha mãe desamparada, tão enferma... o que me fez ajudá-la foi minha fé que estamos incondicionalmente apoiados, amparados. O carinho, os conselhos que recebi me deram forças para não balançar na fé da força que a comunidade encerra. Claro que queria que minha mãe ficasse bem, mas percebi que os alarmes de doenças são uma dádiva, um momento para nos preparar para a grande viagem para o outro lado do Rio. Aproveitar cada minuto para VIVER tudo o que não vivemos até então com nossos entes queridos.

No momento a Luiza Lacroix está com sua mãe bastante debilitada. A Célia está com sua mãe no CTI. A Valéria está com a irmã e o pai muito doentes (entrando e saindo de internações), a Martha, com o pai sem poder caminhar a Silvia com a mãe saindo de uma cirurgia séria... Muitos outros com familiares precisando de cuidados. Cuidados, a grande arte de cuidar. Olhar a cada um que precisa de cuidado com os olhos do amor incondicional. Abrir o coração e cuidar. Mas tem algo que o Caminho Vermelho nos ensina: cuidar com desapego. Esse é um grande desafio, mas também um grande aprendizado. Isso é ensinado pelos nativos quando eles nos ensinam a doar nossos tambores até 4 anos após sua confecção (no caso dos Ojibways) ou quando repartimos nossos bens com os mais necessitados (visão geral dos nativos devido à sua consciência coletiva). As viagens xamãnicas nos podem ajudar a ter uma perspectiva mais ampla sobre a situação, além de ajudar na recuperação do doente e nas forças esvaídas do cuidador...

Portanto, ao pedir ao Grande Espírito pela saúde de alguém doente, não podemos esquecer de pedir o apoio necessário para os cuidadores. Que tenham forças e se sintam amparados. Podemos pedir que os caminhos se abram, para que estejam no momento certo, no lugar certo.

Isso é o pouco que sei sobre cuidados. Foi o que ouvi dos mais velhos, do que experimentei nessa vida e é o que tenho a dizer no momento.
Mulher Beija-flor.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Fim de semana de 17 a 19 de abril de 2009

Quantos espíritos! Jacira, linda!

Jacira, Carmem, Jan e Athamis


Todos os parentes no mesmo barco. Linda Tupi Guarani!


Jacira filha, Jacira mãe, Jacira avó e muito mais.



O nascimento do tambor




O corte do cordão umbilical pelo Ernani




Finalmente Rosângela pode trazer a força de todos seus ancestrais!







Defensores de tradição






Honrando sua tradição Fulni-ô com o canto







Mãe e filha - lindíssimas!






A força Fulni-ô

com Andreane



Com Athamis e Jan



Trazendo a força pra fogueira




Rosângela aguarda para o nascimento de seu tambor



As irmãs Terezinha e Rosália


Thanya e Martha




Monique, Vera, Martha e Rosângela (estrela da noite).



É um dia muito especial ter seu tambor nascido



Celia e Martha




Rafaela e Celia



Amelia e Luiza



Carmem


Thanya Althea



Luiza resolveu escrever 7 páginas da sua viagem xamânica.



Grupo que veio aprender a fazer viagens xamânicas.






Monique- Mulher Ursa Branca do Clã do Búfalo Branco, Elione- Nuvem Dourada do Clã do Alce Americano, Sueli- Mulher Guia das Estrelas do Clã do Esturjão. A força é bem vinda!






Nuvem Dourada com suas madrinhas.






Altar de Nuvem Dourada.

















quarta-feira, 15 de abril de 2009

Nativa ou não?


Queridos irmãos do Caminho.

Hoje assisti ao filme "Enterrem meu coração na curva do rio" ou Bury my heart at in Wounded Knee. Wounded Knee foi um ataque histórico, não muito mais que 100 anos atrás aos índios Sioux. Filme muito interessante, instigante. Quando terminei de vê-lo me deu vontade de escrever alguma coisa.

Compartilho isso com vocês


Um dia uma criança me perguntou:

-Você é mesmo índia?

A dúvida era porque eu estava usando roupa.

-Índio não usa roupa, prosseguiu um coleguinha de minha filha na escola.

Eu às vezes me olho no espelho, mesmo estando sem roupa não sei afirmar se sou ou não uma índia. Talvez isso não seja uma prioridade para mim. Mas quando eu sonho, quando faço minhas viagens xamânicas, quando faço circular a minha pena, quando peço permissão para entrar no rio, no mar ou na floresta para os espíritos do lugar, sim, eu me sinto nativa, parte de uma nação que foi nomeada indígena.

Seria isso a garantia de ser nativa?

Ou seria a minha ancestralidade o meu certificado nativo? Bastaria a cor da minha pele? As feições do meu rosto? Os meus cabelos negros?Um dia alguém me disse que uma anciã de uma tribo havia lhe dito que a alma não tem cor. Então eu poderia ser branca por fora e ter uma alma indígena. E ainda, um indígenater uma "pele vermelha" e mesmo assim possuir a alma de um colonizador.Mas se alguma vez eu me questiono quanto a isso eu retorno ao que meu mestre interior me aconselha: viva. Viva sua natividade e serás reconhecida. Desta forma, sim, sou indígena, se assim me reconhecerem como tal. Ou ainda, não sou, uma vez que sua alma assim não me reconheceu. Nativa ou não, sei que sou Mulher Beija-flor, um legado herdado pela espiritualidade de Mulher Luz do Luar. Ela assim recebeu meu nome do Grande Espírito e é assim que eu me aceito. Se beija-flor é indígena ou não, isso eu deixo pro conselho dos animais decidirem. Mas acho que eles não perdem tempo com isso.

A dúvida é um legado humano. Por isso, quanto mais apelar pela força animal dentro de nós mesmo, menos dúvida, mais certeza de quem verdadeiramente somos: humanos-animais ou animais-humanos de todas as cores. E não adianta cuitivar o ódio. O ódio só nos aprisiona ao passado.

Opto por ser livre.

Eu sou Mulher Beija-flor do Clã do Pássaro Trovão e falei.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Chamada do 2º Encontro Internacional Xamânico


Quem é a Mulher Beija-flor

Eu acreditava que diminuindo a dor do outro, aplacaria minha própria dor. Eu tinha 12 anos e abracei “o amor ao próximo” como meu lema de vida. Saía de porta em porta pedindo roupas usadas para poder distribuir entre os pobres. Eu também cantava pra Deus, pra Mãe de Deus e achava que estava curando o mundo. Um dia, eu deixei tudo de lado e tentei viver uma vida como a das minhas colegas de escola: festas, modas... mas não deu. Eu preferia ficar no banheiro das discotecas, ajudando as meninas que não agüentavam beber. Eu achava que estava curando o mundo.

Daí, aconteceu que eu me perdi. Já não acreditava em nada e tentei me ferir de todos os jeitos, pra poder sentir alguma coisa. Eu encontrei os parapsicólogos que me ensinaram a curar com as mãos e eu tentei curar a mim e aos outros. Eu achava que estava curando o mundo.

Depois foram os meninos de rua que se apresentaram. As intermináveis reuniões sociais, a luta política, as discussões unilaterais. Tantas crianças sofrendo, tantos futuros se perdendo na ponta de uma faca ou na ponta de um caco de vidro. Corrupção, medo e tristeza. Eu me desesperei. Mas eu achava que estava curando o mundo.

A vida me jogou num turbilhão de mudanças e os ventos me levaram pro Canadá, pros índios de lá. Aprendi a rezar pela terra e a respeitá-la. Na verdade, não aprendi. Relembrei os ensinamentos das mulheres de minha família. Vieram as fogueiras, os ritos de passagem, os tambores, as viagens... E eu achava que estava curando o mundo.

Não sei se quem está triste e sem fé sofre mais ou menos do que alguém que tem fome e está perdido. Aprendi que não há um sofrimento maior que o outro e sim, a força ou a fraqueza de quem sofre. Para empoderar os seres com que cruzavam a minha caminhada, eu escolhi seguir ajudando. Não sei se estou curando o mundo. Só sei que estou tentando me ajudar e ajudar ao outro a ser mais humana que posso.